Excelência na execução
Em 2021, o Aché concentrou os esforços na assertividade dos custos operacionais (GGF), otimização das plantas produtivas (Footprint) e estabilização das atividades de distribuição em nossa operação logística, a Neolog. Ao todo, foram mais de R$ 222,7 milhões investidos em instalações fabris, incluindo investimentos em Pernambuco, modernização do parque fabril, aquisição de novos equipamentos e melhorias de layout das áreas operacionais e da Qualidade.
Consolidamos o planejamento de manutenção das cinco fábricas, harmonizando os procedimentos e assegurando de forma eficiente a operação de nossas máquinas, trabalhando preventivamente para garantir a meta de zero quebra. No Footprint, focamos na obtenção do melhor direcionamento de produção e iniciamos as obras em nossa planta-piloto, que irá apoiar o desenvolvimento de novos produtos e tem entrega prevista para o primeiro semestre de 2022.
Demos, ainda, continuidade ao PEO (Programa de Excelência Operacional), que foi implantado em 2015 e utiliza a metodologia TPM (Total Performance Management), dando o suporte necessário às áreas de operações.
Nosso desempenho
Registramos um volume de produção de 240,7 milhões de unidades produzidas nas plantas de Anápolis, Guarulhos, Londrina, Pernambuco, São Paulo e em terceiros e 280,2 milhões em unidades distribuídas. Tivemos, ainda, importantes avanços em nosso desempenho, alcançando 60,3% em nosso principal indicador de performance industrial (OEE – Overall Equipment Effectiveness), acima do benchmarking do mercado farmacêutico (55%), no resultado consolidado das plantas de Guarulhos, Pernambuco e São Paulo. Em Guarulhos, nossa principal planta produtiva, também registramos recorde de OEE, com 62,3% (Fabricação de Sólidos).
Nossa produtividade, quando comparada com os principais concorrentes no painel BCO Farma (Benchmarking Competitividade Operacional), está 18% acima do mercado farmacêutico.
Desde a implementação do PEO, já obtivemos um aumento de 51,8% de OEE e saving potencial de R$ 70,3 milhões em projetos de melhoria contínua.
Produtividade em Pernambuco
Na planta fabril de Pernambuco, localizada no Complexo Industrial e Portuário de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, o Aché foi o primeiro laboratório farmacêutico brasileiro a reunir todas as soluções da indústria 4.0 em um único lugar, iniciativa que integra nossa jornada de transformação digital. A fábrica tem a capacidade de se comunicar com as áreas de utilidades, logística e com o armazém automatizado. Essa geração de informações e análise de dados é o que nos dará suporte e agilidade ao processo de melhoria contínua. GRI 103-2
Consolidamos nossa operação de embalagem de sólidos, garantindo recordes de produção, e demos início à Fase 2, com a construção do prédio de Fabricação de Sólidos e do Laboratório de Controle de Qualidade. A previsão de entrega é para o primeiro semestre de 2022, com o início da produção dos primeiros lotes-pilotos no mesmo ano.
Ampliamos nossa capacidade de armazenagem de 3 mil para mais de 16 mil posições pallets e começamos a implantar o sistema MES (Manufacturing Execution Systems), que deve estar totalmente efetivado em 2023. Sua atuação possibilitará a disponibilização on-line de todos os dados do lote de um produto, incluindo os de rastreabilidade.
Eficiência nas plantas de Anápolis, Guarulhos, Londrina e São Paulo
Ao longo do ano, o Aché seguiu dedicado à obtenção de uma agilidade ainda maior na disponibilização dos produtos, eliminando perdas e aumentando a performance e a produtividade.
Na planta São Paulo, nossa grande contribuição para o negócio e para o Brasil foi a produção de mais de 400 mil unidades de Nosint (723% acima do volume estimado) e mais de 291 mil unidades de Simbilex (873% acima do volume estimado), reforçando nosso compromisso com a saúde dos brasileiros ao realizar a entrega destes medicamentos, amplamente utilizados durante a pandemia de Covid-19 para pacientes em estado grave.
Em Anápolis, trabalhamos na consolidação da operação da nossa fábrica de hormônios e dos resultados da planta dentro do grupo Aché, que também passou a contar com o início das atividades do PEO.
Na fabricação de líquidos, em Guarulhos, batemos recorde na produção de Decongex xarope no mês de agosto, com volume produzido de 690 mil unidades. Já em nossa fábrica de sólidos, tivemos o startup de uma nova revestidora de comprimidos, a Glatt GC500, trazendo mais agilidade na entrega e garantindo expansão da capacidade fabril. Também tivemos a instalação de uma nova linha de envase de pó em frasco, que apoiará o lançamento de produtos futuros.
Na planta Londrina, devido à pandemia, houve impacto com a queda do volume de antibióticos e o esforço foi para manter os gastos gerais de fabricação. Concretizamos contratos de fabricação com terceiros, trazendo volume incremental de mais de 8 milhões de cápsulas ao ano.
Logística e distribuição
O processo de distribuição de nosso operador logístico, Labofarma, trabalhou para estabilizar a operação e garantir excelência na distribuição, ter agilidade no faturamento e reduzir custos de distribuição.
Implementamos a Logística Reversa no segmento de Medicamentos com apoio do Sindusfarma – Programa LogMed; na linha de Cosméticos, atuamos em parceria com a Abihpec – Programa Dê mão para o futuro; na linha de Suplementos Alimentares; e com a Abiad – Programa Recupera.
Em Pernambuco, obtivemos excelente resultado com a estabilização das automações que envolvem o armazém vertical em menos de 60 dias, o que já nos levou a atingir 65% de ocupação do armazém, garantindo o abastecimento da fábrica com insumos, e da Neolog, com produtos acabados sem causar nenhum impacto nos prazos e na performance. Ainda em Pernambuco, tivemos o início das operações dos AGVs (Automated Guided Vehicle), veículos inteligentes que fazem as movimentações das cargas dentro da fábrica sem necessidade de controle humano, e “transelevadores”, que vão atuar em todas a movimentações dentro do armazém vertical, estocando os produtos de acordo com os parâmetros sistêmicos e de boas práticas de fabricação.
Qualidade e segurança dos produtos
Para assegurar a qualidade e eficácia dos nossos produtos e garantir a saúde e segurança dos consumidores, o Aché realiza avaliações de impacto em 100% do seu portfólio, mantendo-o alinhado aos padrões regulatórios vigentes. Utilizamos as melhores práticas de fabricação e, na etapa de desenvolvimento de novos produtos, centros de pesquisa realizam estudos para avaliar a segurança e a eficácia.
As avaliações ocorrem segundo as melhores práticas clínicas e em conformidade com as normas internacionais de ética e qualidade em pesquisa. Os produtos disponibilizados ao mercado passam por rigorosos controles e análises para que sua segurança e qualidade sejam garantidas. Após a comercialização, há o monitoramento quanto a possíveis eventos adversos, de forma a mitigar riscos que possam surgir em decorrência do uso dos medicamentos e produtos. Em 2021 não foram registrados incidentes de não conformidade relativos aos impactos na segurança de nossos produtos.
Com o objetivo de obter maior alinhamento e equalização de políticas e procedimentos em todas as plantas da Companhia, a estrutura da Diretoria de Qualidade passou por revisão, resultando também na preparação para os desafios que vêm sendo impostos pelo mercado farmacêutico, como o crescente número de normativas e a ampliação dos requisitos técnicos.
Com a reformulação, o rigoroso Sistema de Qualidade do Aché, que segue critérios e padrões internacionais, obteve mais produtividade, expressivo incremento na excelência operacional, maior engajamento das equipes e foco técnico para tratamento das demandas com mais profundidade.
As estruturas das cinco fábricas também ganharam mais coesão de processos e gestão, e seguem alinhadas e conectadas à estratégia, aos valores da Companhia, e às boas práticas de fabricação e produtividade, resultando na melhoria dos sistemas como um todo.
Depois que colocamos nossos produtos no mercado, contamos com a área de Farmacovigilância, que avalia e monitora os dados de segurança informados por profissionais de saúde e consumidores. Periodicamente, esses relatos são reportados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, conforme legislação vigente. Em 2021, fomos a primeira empresa no Brasil a disponibilizar, via WhatsApp, um canal de farmacovigilância para médicos.