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Mudança de temperatura durante os dias pode causar doenças respiratórias

1 de dezembro de 2010

Apesar da grande prevalência, fácil tratamento e ser um dos principais quadros que surgem com as mudanças climáticas, rinite ainda é pouco conhecida da população.

“Não esquece a blusa!”. Essa frase, uma das mais escutadas pelos brasileiros diariamente às manhãs, explica na prática o que a ciência já provou: o Brasil é um dos poucos países do mundo a apresentar, em um mesmo dia, condições climáticas das quatro estações. Essas mudanças propiciam, além da dúvida sobre que roupa escolher ou levar o guarda-chuva nos compromissos, o contato da população com inúmeras doenças respiratórias.

A gripe e o resfriado são os mais comuns, mas um dos principais quadros que atinge os brasileiros sem que saibamos é a rinite, que acomete cerca de 30% da população. A rinite é a irritação e inflamação da mucosa nasal e pode ser viral ou bacteriana, porém se manifesta com mais frequência após alergias a pó, ácaro, umidade, fumaça e outros agentes ambientais. Essa inflamação resulta na produção excessiva de muco, que ocasiona o escorrimento nasal, sintoma mais típico da rinite. “Além de agravar alergias, as mudanças climáticas também aumentam as infecções. As chuvas repentinas, por exemplo, alteram a temperatura e trazem mais alérgenos ao ar, agravando quadros de rinite”, explica Olavo Mion, otorrinolaringologista da Academia Brasileira de Rinologia.

A umidade, muito comum em climas úmidos, é outro fator agravante da rinite, por propiciar a proliferação de ácaros e fungos. “Com as constantes alterações climáticas durante o mesmo dia, é importante estar sempre preparado para se proteger, seja de alergias, queda de temperatura ou incômodos por umidade excessiva”, explica Mion. O especialista lembra que ao perceber que o nariz entupiu, os espirros apareceram e os olhos, garganta, ouvidos e nariz começaram a coçar, a crise de rinite inevitavelmente está começando.

“Sabendo que as mudanças no clima são cada vez mais comuns, o tratamento da rinite é fundamental, seja na forma preventiva ou para alívio após início do quadro. Ambos podem ser feitos com uso de anti-histamínicos, com rápida ação antialérgica e anti-inflamatória comprovada experimentalmente, e soluções para desobstrução nasal”, afirma o otorrino. Ele acrescenta que outras drogas como os estabilizadores de membrana e os antileucotrienos podem ser utilizadas, mas são famosas por provocarem sono e ação demorada no paciente. “O mercado brasileiro já conta com remédios modernos, de fácil uso e acessíveis a toda a população”, finaliza.

Fonte:
Academia Brasileira de Rinologia