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Investimento em ações sociais cresce entre as indústrias farmacêuticas
O Brasil vem vivenciando crescimento nas iniciativas e investimentos em responsabilidade social. O fenômeno pode ser observado na indústria farmacêutica. O Painel Social do Setor Industrial Farmacêutico, elaborado pela Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Febrafarma), confirmou que os fabricantes de medicamentos instalados no País estão, cada vez mais, investindo em ações de responsabilidade social. Em 2006, as empresas aplicaram R$ 64,6 milhões em projetos sociais. No ano anterior foram investidos R$ 44,6 milhões, um aumento de quase 50%. O aumento é ainda maior quando comparado ao primeiro panorama feito, onde os recursos obtiveram um total de R$ 18,8 milhões.
Ao publicar o Painel Social, a Febrafarma tem como objetivo fomentar as ações de responsabilidade social entre as empresas da área. Jorge Dias Souza, diretor-executivo de administração da federação afirma que o setor é um dos pioneiros nesse tipo de compilação e, assim como a própria definição do que é responsabilidade social, tem avançado no detalhamento das informações. “No começo era tudo novo, e ainda é. Não havia um caminho pronto e havia dificuldade até para as classificações dos projetos. Hoje, é mais organizado, e com a ISO 26.000, que deverá ficar pronta em 2008, as ações de responsabilidade social serão ainda melhores”.
Na pesquisa estão reunidas informações dos programas de responsabilidade social desenvolvidos pelos laboratórios, divididos nas categorias comunidade, cultura, educação, meio ambiente, saúde, valorização da vida, voluntariado e outros. A publicação também contempla os investimentos dos laboratórios com os próprios funcionários e familiares, além daqueles que são obrigatórios.
O painel pesquisou 62 empresas, que unidas correspondem a mais de 80% do movimento do mercado nacional. As áreas que mais receberam investimentos, em 2006, de acordo com o levantamento, foram: saúde (R$ 29, milhões); educação (R$ 12,7 milhões); comunidade – ações que buscam a melhoraria da qualidade de vida das populações que vivem no entorno das companhias – (R$ 11,1 milhões); e valorização da vida (R$ 5,18 milhões). Saúde e educação foram os setores com maior concentração de recursos, e meio ambiente, cada vez mais, recebe atenção das empresas.
“Os investimentos em responsabilidade social crescem a cada ano. Essa é uma tendência mundial. O próprio crescimento dos laboratórios nacionais também explica o crescimento nos investimentos. Seja pelo avanço dos remédios genéricos ou por questões de políticas mais agressivas na área comercial ou de lançamento de produtos, as empresas brasileiras cresceram muito nos últimos anos e estão investindo mais”, explica Souza.
Para incentivar os programas de responsabilidade social, a Febrafarma, em 2008, vai lançar um prêmio que elegerá os melhores projetos em algumas categorias. A premiação já vale para os programas atuais.
As ações sociais
Empresa de capital 100% nacional, o Aché Laboratórios, investiu, em 2006, aproximadamente R$ 2 milhões em ações sociais. A empresa, explica Márcia Tedesco Dal Secco, gerente de comunicação e responsabilidade social, prioriza iniciativas nas áreas de saúde, educação e meio ambiente, por meio de uma política de responsabilidade social orientada pelos princípios que regem a atuação das empresas cidadãs.
O crescimento dos investimentos do Aché na área de responsabilidade social, ressalta a executiva, acontece por conta da expansão do escopo dos projetos e a criação de novos programas a cada ano, principalmente, porque a responsabilidade social é fundamental para o Aché. “A empresa é reconhecida não só pela excelência de seus produtos e serviços, mas também pelo seu histórico de 40 anos de atuação socialmente responsável. O Aché entende que a responsabilidade social pode gerar efeito transformador na sociedade, por isso investe em ações sociais, com programas, parcerias e projetos voltados para o desenvolvimento e bem estar da sociedade”.