O governo anunciou ontem o programa “Mais Saúde”, conhecido também como PAC da Saúde, que terá R$ 88,6 bilhões – R$ 64,6 bilhões do Plano Plurianual e R$ 24 bilhões da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF)/Emenda 29, cuja prorrogação ainda tem de ser aprovada – em quatro anos. Em 2008 serão R$ 6 bilhões do Plano Plurianual (PPA) e os outros R$ 6 bilhões da regulamentação da CPMF. Uma das iniciativas será a recomposição e ampliação dos valores de procedimentos da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos tetos financeiros de estados e municípios para a redução das desigualdades e aumento da cobertura. “O que eu sei é que tem uma parte da população que tem acesso a coisas. E outra parte não tem. E graças ao SUS eles começaram a ter acesso. Na mesma máquina que deita um presidente da República, deita um companheiro pobre”, afirmou o presidente Lula no lançamento.

Já o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou que o investimento em saúde pública é fundamental para o crescimento do país. Segundo ele, o setor da saúde representa hoje cerca de 8% do PIB. “Saúde é a única política social que tem uma dualidade muito importante. Ela é fundamental para a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar, do desenvolvimento da sociedade. Mas ela também tem uma dinâmica econômica interna, que cria emprego, riqueza, renda, inovação, tecnologia”, disse.