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Ai, meu estômago!

Ai, meu estômago!

30 de novembro de 2009

Descubra o que ataca o órgão e o que você pode fazer para evitar as dores.

Revista Viva Mais – Bem-Estar – 05/06/2009

Conheça os vilões

As três doenças abaixo são as principais causadoras de problemas no estômago.

Dispepsia ou indigestão

O que é: popularmente conhecida como gastrite nervosa, ocorre por um mau funcionamento no estômago. As causas podem ser má alimentação, ingestão de alimentos que não foram bem mastigados, refeições apressadas e sensibilidade a algum tipo de comida. Situações de estresse também podem desencadear a dispepsia.

Sintomas: queimação, dor contínua na boca do estômago, gases, náuseas, sensação de estufamento e de saciedade com pouca comida.

Tratamento: varia de acordo com os sintomas. Consulte um médico para encontrar a causa principal da doença.

Prevenção: comer na hora certa, mastigar bem os alimentos, fazer atividades físicas, evitar fritura, gordura e condimentos. Relaxar e não ficar tão nervosa também ajuda.

Gastrite

O que é: inflamação do estômago decorrente principalmente de remédios que agridem o órgão, como aspirinas e anti-inflamatórios. Também pode ser causada pela ação da bactéria Helicobacter pylori, presente em 50% da população mundial. Neste caso, no entanto, a inflamação não traz sintomas, só é percebida em exames.

Sintomas: quando os remédios dão origem à doença, há dor no estômago, queimação e, às vezes, hemorragia. 
Tratamento: com remédios prescritos por um médico. 

Prevenção: evite anti-inflamatórios ou vá ao consultório para saber como proteger o estômago dessas agressões.

Úlceras

O que é: lesão na parede do estômago provocada pela mesma bactéria da gastrite, a Helicobacter pylori. “Dos 50% que a abrigam, 10% terá úlcera e 1%, câncer de estômago. Vale lembrar que o câncer é uma combinação de fatores, entre eles a bactéria e o histórico familiar”, diz Jaime Eisig, presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia. 

Sintomas: iguais aos da dispepsia.
Tratamento: os medicamentos prescritos têm a finalidade de cicatrizar a ferida e matar a bactéria.

Prevenção: por ser resultado de alteração genética ou da ação da bactéria, não há como evitar. Segundo o doutor Jaime Eisig, a úlcera não tem relação com má alimentação nem com o estresse.

Sem queimação

Hábitos diários aliviam sintomas e ajudam a dar fim ao problema:

  • Não fume: o cigarro aumenta a quantidade de ácido no estômago, prejudica a cicatrização de feridas e aumenta o risco de câncer.
  • Modere no café: por ser um irritante gástrico, agrava os sintomas da gastrite.
  • Sem sal: comida salgada ou condimentada aumenta o risco de câncer, principalmente em pessoas com histórico na família.
  • Chega de álcool: a bebida também é um irritante gástrico e intensifica as dores estomacais. 
  • Coma frutas: vitaminas A, C e E são antioxidantes e protegem o estômago contra o câncer.

Você sabia?

  • Acredite: não é o estômago que ronca! O barulho vem dos movimentos que o intestino faz para empurrar o alimento ou quando espera comida. “Se o corpo sente fome, o estômago produz suco gástrico. Esse líquido vai para o intestino e o estimula a se movimentar”, diz Ricardo Barbuti, gastroenterologista.
  • Leite não é bom para gastrite. De início, ele melhora sintomas, mas as dores pioram muito depois. 
  • Você pode tomar antiácido quando sentir queimação, mas vá ao médico se a dor for frequente. “Azia de vez em quando é natural por causa da alimentação ou do nervosismo, mas o antiácido pode mascarar uma doença grave”, explica o médico Jaime Eisig.
  • As mulheres sofrem mais com a gastrite nervosa do que os homens.

Refluxo gástrico

O que é: muita gente pensa que é uma doença estomacal, mas trata-se de um problema do esôfago, que fica logo acima. O estômago produz um ácido que pode subir quando há problema na válvula que liga os dois órgãos. Isso traz a sensação de queimação.

Como resolver: os sintomas mais comuns são azia, queimação e regurgitação. Não tem cura, mas é possível amenizar: não se deite após comer, evite refeições grandes com alimentos gordurosos, chocolate, hortelã e bebidas.