Um dos destaques do ano na frente inovação radical foi a parceria firmada pelo Aché com a MSRD (McQuade Center for Strategic Research and Development), um braço de pesquisa da indústria farmacêutica japonesa Otsuka. A colaboração entre as duas empresas busca avançar no desenvolvimento do composto ACH000029, destinado ao tratamento de transtornos de TAG (ansiedade generalizada) e de TEPT (estresse pós-traumático).
A fase de pesquisa e desenvolvimento inicial do projeto levou cerca de 10 anos e envolveu cientistas do Aché e de empresas parceiras, contemplando as etapas de design, síntese e ensaios biológicos de dezenas de moléculas até chegar ao candidato selecionado pelo Aché. Já os estudos clínicos de Fase I, assim como a produção das formulações a serem utilizadas nesses estudos que serão realizados nos próximos dois anos e meio, serão feitos em países com alto rigor regulatório.
Avançamos, também, no projeto que resultará no registro e lançamento de um produto indicado para o tratamento de vitiligo, com potencial de revolucionar o mercado, visto que ainda não há tratamento disponível para a doença.
Outra relevante iniciativa concretizada pelo Aché, neste último ano, foi a ampliação do escopo do Laboratório de Design e Síntese Molecular, dando foco no desenvolvimento de fitoterápicos e de medicamentos provenientes da biodiversidade brasileira, com o objetivo de executar, também, projetos advindos da plataforma Bioprospera.
Atualmente, o Aché conta com 13 projetos de inovação radical em desenvolvimento, sendo oito deles provenientes da biodiversidade e com o primeiro lançamento previsto para 2026.
Olhando para o futuro, em 2021, passamos a fazer parte do programa Emerge Amazônia, que tem o objetivo de alavancar o mercado de tecnologias de base científica que utilizam insumos amazônicos, em conjunto com empresas de diferentes segmentos. Para 2022, o Aché dará início a mais um processo de prospecção de projetos de pesquisa de novas drogas a partir dos biomas nacionais, com foco em áreas terapêuticas de interesse.
Mantemos a parceria inédita com a Phytobios e o CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) para identificar substâncias bioativas em extratos vegetais da biodiversidade brasileira, potencializando, nesta parceria, a expertise do CNPEM no desenvolvimento e condução dos ensaios para a identificação de compostos bioativos, utilizando equipamentos de alta tecnologia, da Phytobios, que possui experiência na condução de expedições de bioprospecção em biomas brasileiros, e do Aché, com sua expertise em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos inovadores, com foco na biodiversidade.
Além disso, mantemos parceria com universidades públicas e privadas, além de editais de apoio a projetos. Atualmente, colaboramos com grupos de pesquisa na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no LNBio (Laboratório Nacional de Biociências), na USP (Universidade de São Paulo) e na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com foco em áreas como biodiversidade, dermatologia e oncologia, além de incentivar projetos de diferentes setores da sociedade civil.